domingo, 30 de setembro de 2012

Machu Picchu - Peru

Machu Picchu, a cidade perdida dos Incas, está localizada a 112 km de Cusco e a 2.350m acima do nível do mar.
Existem 2 maneiras de se chegar a Machu Picchu: através de trilha (com duração de 4 ou 2 dias) ou de trem.
Eu optei por ir de trem. O site Mochila Brasil tem bastante informações e boas dicas de como fazer a trilha Inca.

Há 3 tipos de trem, o Expedition, mais barato; o Vistadome, com janelas de vidro por quase todo o vagão para permitir vista panorâmica e o Hiram Bingham, chiquérrimo e caro.


Trem Expedition: o mais barato, mas confortável.

Os trens partem de Poroy em Cusco ou Urubamba e Ollantaytambo, no Vale Sagrado e  todos chegam na estação de Águas Calientes.
Partindo de Cusco, o trem demora 3 horas e meia para chegar ao destino.


Escolha um assento do lado esquerdo. A vista é mais bonita!

Os horários dos trens podem ser consultados no site da Peru Rail

Em Águas Calientes, existem ônibus que fazem o transporte até a entrada de Machu Picchu. O percurso demora cerca de 30 minutos.
Os ônibus partem a cada 15 minutos e a passagem, ida e volta, custa $15,00. Se preferir, é possível ir a pé pelos 6 km até a entrada da Machu Picchu.

Eu queria chegar bem cedo em MP, então, peguei 40min de ônibus até Ollantaytambo e, de lá, peguei o trem  Expedition das 6:10hrs até Aguas Calientes. O trajeto demorou 1:30hrs.


Entrada da Estação Ollantaytambo

Leve frutas, bolachas e salgadinhos para comer. Nas estações existem várias lanchonetes, mas não achei nada vegano.
Leve também repelente. Há muitos ambulantes vendendo repelente afirmando que existem muitos mosquitos na região. Eu não vi nenhum mosquito por lá, mas é bom não arriscar...

No trem Expedition, é oferecido uma bebida e um snack.

Banana Chips e Pipoca coberta com chocolate, sem informações sobre ingredientes.

Na entrada do santuário, vários guias se oferecem para fazer um tour e acho que contratar um deles é essencial. Por mais que eu tenha lido livros, pesquisado na internet e assistido documentários sobre o lugar, não há nada como um guia para mostrar as construções e explicar a história e costumes dos Incas.


Entrada de Machu Picchu


Uma das primeiras vistas da cidade Inca


Área Agrícola de Machu Picchu

Lhama bebendo água no Canal de Irrigação Inca

Lhamas: Mantendo a grama sempre aparada!


Junto com a entrada de Machu Picchu, comprei a entrada para subir Huayna Picchu, que é a montanha que aparece no fundo da foto abaixo, e paguei 152 Soles. A entrada apenas para MP custa 128 Soles. A compra deve ser antecipada já que apenas 400 pessoas podem visitar a montanha ao dia.




No próximo post, farei o relato da minha subida a Wayna Picchu.

domingo, 23 de setembro de 2012

Maras e Moray - Peru

Moray

Moray é um terreno com grandes crateras, onde os incas faziam experimentos agrícolas. Em cada nível da cratera era plantado um tipo de alimento. A altura, a posição do sol e o vento influenciavam qual plantação se adaptaria melhor em cada degrau.


A maior das crateras em Moray tem 150m de profundidade. A diferença de temperatura entre o topo e o fundo chega a 15°C!

Você pode descer até o fundo da cratera, mas prepare-se pois exige um pouco de esforço. A diferença de altura entre os degraus é grande e cada degrau é de um tamanho e formato diferente.




Maras


Maras fica situada a 7km de distância de Moray e está a 3380m do nível do mar. Nesse povoado, localiza-se a Salineira de Maras, que é um complexo de exploração de sal, funcionando até hoje utilizando a mesma técnica que os Incas utilizavam.
São 3000 piscinas de 5m² cada para onde a água salgada é transportada. A água evapora e os trabalhadores coletam o sal em um processo que dura 1 mês.





Na entrada da Salinera, tem uma lojinha onde vendem milho salgado com o sal produzido lá.

O tour para Maras e Moray dura apenas 5 ou 6 horas. Eu achei os dois lugares fantásticos!

À noite, jantei no restaurante El Encuentro (Santa Catalina Ancha 384, Cusco, Peru), pertinho da Plaza de Armas.

É um restaurante vegetariano e gostei tanto que fui lá quase todos os dias.




Delícia de Brócoli do El Encuentro
Falafel


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Cusco - Peru


Uma viagem a Cusco pode ser assustadora para veganos. Vários restaurantes servem carne de alpaca e lhama e é comum encontrar gaiolas em frente a estabelecimentos com porquinhos da índia prestes a serem abatidos para virarem Cuy Assado.


Todos os guias irão indicar restaurantes que servem Ceviche, o mais típico prato peruano, feito de peixe e frutos do mar e o Lomo Saltado, feito com carne e batatas.
E até mesmo a bebida típica do Peru, o Pisco Sour, possui clara de ovo.

Na hora de comprar souvenires, todo cuidado é pouco. A lã de alpaca é matéria prima de quase todas as peças de vestuário a venda.






Nos ônibus de excursão, é comum a entrada de vendedores de DVD. Em uma das minhas viagens, um vendedor tentava vender um DVD com imagens do evento de Culto ao Sol, que incluía o sacrifício de uma lhama.
A maioria dos tours também inclui a visita a um centro têxtil andino, com demostração de como obter a coloração para tingir tecidos e, obviamente, a coloração vermelha é extraída da cochonilha, sacrificada ao vivo e a cores.
Panelão de Cochonilha pra tingir o tecido




Esmagando a Cochonilha
Apesar disso, Cusco e Machu Picchu são lugares imperdíveis, que valem a visita.

Dia 01 - Chegada a Cusco


Cusco foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1983.
Foi o mais importante centro administrativo e cultural Império Inca e hoje é o principal ponto de partida para explorar as ruínas incas de Machu Picchu.

Cusco está situada a 3360 metros de altitude, por isso, muitos turistas podem sofrer de soroche, o mal da altitude. Os sintomas mais comuns são: dor de cabeça, náuseas, tontura e cansaço, que normalmente se apresentam de 4 a 8 horas após chegar ao local.
No primeiro dia, descanse, tome muito chá de coca e faça apenas programas leves.

Chá de Coca
Passear pela Plaza de Armas é uma boa opção para o primeiro dia. Se você estiver se sentindo bem, pode dar uma esticadinha até o bairro de San Blas, mas prepare-se para uma longa subida.

Na praça, fique atento as peruanas vestindo trajes típicos. Elas fazem pose pra fotos e depois cobram por elas!
Não ajude as que utilizam lhamas para ganhar dinheiro!


Plaza de Armas


Plaza de Armas



A Plaza de Armas era conhecida como Praça do Guerreiro no período Inca e era usada para celebrar início de colheitas e vitória em guerras.
Hoje, você encontra de tudo ao redor da Plaza. Há várias casas de câmbio (pesquise, pois há muita diferença de taxa de câmbio entre elas), restaurantes, mercadinhos e lojas diversas.
Lá, também encontra-se a Catedral de Cusco, mas a entrada é paga.


Dica para Veganos: Visite os mercadinhos e se abasteça com barrinhas de quinua (leia os ingredientes, algumas possuem leite em pó), banana chips, frutas e o que mais puder encontrar para levar para as excursões.


San Blas

San Blas é conhecido como bairro dos artesões. Possui várias galerias, lojinhas de souvenires e é lá que você encontra a famosa pedra dos 12 ângulos.

Pedra dos 12 Ângulos



Também tem diversos restaurantes vegetarianos.
No site Vegan Backpacker, existem dicas e fotos de alguns restaurantes nessa região.



City Tour



Muitas empresas oferecem City Tour pela cidade e acho que vale muito a pena, pois eles explicam toda a história do local e te levam a sítios arqueológicos próximos de Cusco.
O City Tour por Cusco dura, em média, 5 horas e normalmente incluí, visita a Catedral, Convento de Santo Domingo Qorikancha, Qenqo, Tambomachay, Puca Pucara e Sacsayhuaman.

Várias empresas fazem esse tour. No Brasil, existe a operadora Machu Picchu Brasil.
Eu fiz todos os tours através da Cusco Latin Treks. Existem várias outras agências. Pesquise e veja qual delas atende melhor suas necessidades.


Qorikancha



Fontes de Tambomachay 


Sacsayhuamán


No primeiro dia, andando nas proximidades da Plaza de Armas, descobri uma lanchonete chamada Yajuu! que vende sucos, smoothies e tem um sanduíche vegano, feito de glúten.
Fica na Marques, 200



sábado, 15 de setembro de 2012

Viagem Vegana

Como manter o veganismo em uma viagem?


Sou vegetariana há mais de 13 anos e há 5 anos comecei a tentar me tornar vegana. Parei com o ovo e comecei a diminuir derivados do leite.

Quando viajava, achei que o veganismo seria impossível. Achava muito chato viajar e ficar perguntando ingredientes dos itens do menu nos restaurantes e a cara de espanto dos funcionários quando dizia que não podia comer ovo.

Descobri que para amenizar meus problemas e não perder meu tempo caçando um lugar com opções vegetarianas, precisaria fazer meu roteiro de viagem, incluindo lugares para eu almoçar e jantar.
Descobri o site Happy Cow. Ele indica restaurantes e lojinhas no mundo todo que possuem opções vegetarianas/veganas. Para destinos no Brasil, existe o site Brasil Vegano.

Vejo a lista de restaurantes, avaliação do local feita por outros vegetarianos e proximidade com os pontos turísticos que pretendo visitar.
Agora, antes de uma viagem, faço meu roteiro dia-a-dia, com as atrações a serem visitadas e lugares onde posso almoçar e jantar.

Me tornei vegana há quase 1 ano e descobri que existem muitas opções pra quem segue esse estilo de vida. Dá pra viajar e aproveitar muito, basta se informar! 

O intuito do blog é tentar ajudar os viajantes veganos, dando dicas de roteiros e restaurantes.